Minha primeira grande viagem de moto!
Dia 00
Véspera da viagem!
Dia 02/01/2011
Agora é só tentar dormir um pouco, pois já está tudo pronto.
Deu um pouco de trabalho, às vezes, acho que estou levando muita coisa e outra hora tenho a sensação de estar esquecendo algo.
Amanhã às 7:00h sairemos rumo ao fim do mundo, uma viagem há muito planejada.
Um beijo para meus amores, que levarei no coração, amo vocês demais, e obrigado pela força e incentivo.
Que DEUS nos acompanhe e ilumine nosso caminho.
Indaiatuba-SP - São José-SC
Dia 03/01/2011
Foi iniciada nossa expedição, e para ajudar, muita chuva!!!
Os primeiros 400km foram debaixo de muita água.
Antes disso teve uma despedida calorosa com amigos e familiares, que apareceram para desejar boa viagem, a todos muito obrigado pela força.
Saímos de Indaiatuba às 7:40 debaixo de chuva, seguimos pela serra de Juquiá e depois a BR-116, até Curitiba-PR e por fim a BR-101 até São José-SC, chegando às 19:20h.
Nos hospedamos no Ibis, que tem uma boa estrutura e é ao lado da rodovia BR-101.
Segue o resumo do dia por moto:
KM rodados: 705,90km
Combustível:R$70,00
Alimentação: R$42,00
Hospedagem: R$ 57,50
Pedágio: R$5,80
Um abraço a todos, e se der amanhã postaremos mais.
Dia 02
São José-SC - Pelotas-RS
Dia 04/01/2011
Concluímos o 2º dia de nossa expedição. Não rendeu como programamos, mas tudo bem. Estamos em Pelotas-RS, no cronograma inicial deveríamos estar em Chuí-RS porém devida a inúmeras obras na pista e vários trechos em pista simples com trânsito carregado a velocidade média foi abaixo do planejado.
Nossa idéia é compensar amanhã, planejamos almoçar em Punta del Este (Uruguai) e no fim da tarde chegar em Montevideo, se der tempo, pegamos um Ferry Boat para Buenos Aires (Argentina), do contrário fica para o outro dia cedo.
Gostariámos de agradecer pelo apoio de todo o pessoal que estão postando comentários, obrigado mesmo, é um incentivo muito importante para nós, continuem comentando.
Para não passar esse post sem fotos, segue algumas fotos por onde passamos.
Dia 03
Pelotas-RS - Maldonado-PY
Dia 05/01/2011
Saímos cedo do hotel, mas o percurso estava congestionado devido a diversas obras ao longo do caminho. Somente após Rio Grande-RS é que o trânsito na rodovia se aliviou, permitindo que alcançássemos uma boa velocidade de cruzeiro. Uma informação relevante é que, no Rio Grande do Sul e no Uruguai, motocicletas não pagam pedágio. Isso contrasta com os estados do Paraná e Santa Catarina, onde a cobrança é válida, sendo que, neste último, o preço é justo.
Prosseguindo com a viagem, chegamos à aduana para ingressar no Uruguai. Depois de preencher os formulários para o visto, seguimos com as motos pela fiscalização. O fiscal fez uma série de perguntas: "Tem documento da moto? Está em seu nome? Tem habilitação? Tem carta verde?". Eu (Leandro), que estava na frente, respondi afirmativamente e, surpreendentemente, o fiscal nos autorizou a entrar no país sem a necessidade de apresentar qualquer documento, confiando apenas em nossa palavra. Por sorte dele, somos pessoas honestas.
Inicialmente, pretendíamos atravessar o Uruguai sem parar, mas na alfândega havia um agente de turismo que nos sugeriu alguns locais para conhecer. Assim, decidimos visitar esses lugares, como vocês poderão ver nas fotos abaixo. Após o turismo, chegamos à cidade de Maldonado, onde nos hospedamos no San Fernando Plaza Hotel, que é excelente. Para o jantar, desfrutamos de uma PARRILLA, composta por vários tipos de carne bovina malpassada, que tivemos que solicitar para retornar à grelha. Após essa nova passagem pelo fogo, a carne ficou saborosa.
Dia 04
Maldonado-PY - Buenos Aires-ARG
Dia 06/01/2011
Partimos cedo pela estrada rumo a Montevidéu para pegar o ferry boat (R$360,00 por pessoa + moto). Ao chegarmos em Montevidéu, a cidade parecia um verdadeiro deserto; mais tarde, descobrimos que no dia 06-01 é feriado de Dia de Reis.
Chegamos ao porto e o funcionário da Buquebus (empresa responsável pelo ferry boat) começou a nos apressar, pois os carros já estavam embarcando e estávamos prestes a perder a balsa que sairia em 5 minutos. Fomos comprar as passagens e, em seguida, empurrados para o check-in, arrastados para a migração e rapidamente enviados para embarcar as motos. Fomos os últimos a embarcar e, felizmente, chegamos à área de espera, que era bastante bonita e espaçosa, com assentos para todos. No entanto, os argentinos acreditam que, ao comprar uma passagem, também ganham um ou dois lugares para suas malas, resultando em muitas pessoas sentadas no chão e nos corredores. Quando reclamamos com uma comissária de bordo, ela afirmou que isso era comum. Abaixo, vocês podem ver algumas fotos da nossa situação durante as 3 horas de viagem.
Após chegarmos em Buenos Aires, fomos parados pela alfândega para verificação da documentação; tudo estava em ordem e pudemos seguir. A cidade é muito semelhante a São Paulo, um verdadeiro caos; ficamos rodando por cerca de 2 horas à procura de uma oficina para trocar o óleo da moto do Léo. Visitamos duas concessionárias da Honda, mas nenhuma realizava o serviço. Assim, compramos o óleo em uma loja e planejamos a troca para amanhã ou depois por conta própria. Já que o dia não foi tudo isso, decidimos nos acomodar em um bom hotel no centro, próximo ao obelisco da Avenida 9 de Julho.
À noite, saímos para jantar e experimentamos um prato típico da região—hambúrguer de parrillada no King Burger, que estava delicioso. Após isso, fomos fazer uma degustação de cerveja em homenagem ao nosso amigo Cesar (fotos abaixo).
E assim encerramos nosso 4º dia. Em breve, compartilharemos nossos custos, consumo de combustível, km rodado e outros dados que podem ser úteis a outros viajantes.
Dia 05
Buenos Aires-ARG - Bahia Blanca-ARG
Dia 07/01/2011
Após um maravilhoso café da manhã, sem dúvida o melhor até agora, seguimos viagem. Ao sairmos de Buenos Aires, o primeiro posto de combustível que encontramos não tinha nafta (gasolina), então decidimos procurar outro e optamos por abastecer as motos a cada 100 km, para evitar surpresas indesejadas, já que antes estávamos abastecendo a cada 150 km.
Para deixar Buenos Aires, seguimos pela Autopista 01, um trecho curto, mas com cinco pedágios ao longo do percurso, nos quais pagamos PA$0,60 (aproximadamente R$0,30). Nas outras estradas, a passagem para motos é gratuita.
Em nossa segunda parada para abastecimento, encontramos um grupo de Caxias do Sul, do site http://www.fuscaustral.com/, que retornava de sua expedição. Eles estavam com quatro fuscas (dois deles com placas pretas), uma kombi e uma caminhonete. O pessoal era muito simpático e compartilhou dicas valiosas para nossa aventura. Se pudéssemos, teríamos passado o dia inteiro conversando. Visitem o site deles e confiram o relato da viagem.
Durante todo o trajeto de hoje, o que predominou foram retas intermináveis, vastos campos de girassóis e vegetação, muito mato à esquerda e à direita.
A poucos quilômetros de nosso destino, o tempo começou a fechar, com muitas nuvens e relâmpagos, mas, por sorte, conseguimos chegar antes da chuva iniciar. Chegamos ao hotel às 21h30 e ainda estava claro.
Dia 06
Bahia Blanca-ARG - Viedma-ARG
Dia 08/01/2011
O café oferecido no Hotel Belgrano, em Bahia Blanca, deixou muito a desejar: apenas dois croissants doces e uma xícara de café com leite bastante fracos. Nosso plano inicial para o dia era chegar a Puerto Madryn, na Argentina, mas ao pegarmos a RN 3 (Ruta Nacional 3), enfrentamos ventos intensos, o que fez com que o consumo de combustível aumentasse e nossa velocidade média diminuísse.
Em Rio Colorado, decidimos parar para abastecer e comer algo. Após abastecer, seguimos pela RN 22, e logo a chuva começou a cair com força, nos acompanhando por 100 km. Ao nos aproximarmos de General Conesa, a intensidade da chuva diminuiu, mas ao pararmos em três postos à beira da estrada, todos sem combustível, ficamos alerta.
O frentista do último posto que visitamos comentou que poderíamos esperar, pois o combustível estava a caminho. O posto mais próximo indicado pelo GPS ficava a 70 km de distância, então optamos por ir ao centro da cidade, onde encontramos um posto YPF que tinha gasolina. O mau tempo nos deixou bastante cansados, e decidimos passar a noite em Conesa. Encontramos um hotel na entrada da cidade, mas ao chegar, percebemos que estava fechado, embora estivesse mobiliado. Assim, restaram duas opções: seguir para Puerto Madryn (360 km) ou ir para Viedma (160 km).
Optamos pela segunda, em busca de um merecido descanso. Pegamos a RN 251 e rodamos alguns quilômetros quando a chuva voltou com toda a força, acompanhada de ventos fortes que faziam as motos se inclinarem. Não registramos esse trecho por causa da intensidade da chuva; nossa velocidade média caiu para 40 km/h e a visibilidade se reduziu a no máximo 50 metros. Apesar de estarmos com roupas impermeáveis, a água conseguiu entrar, e chegamos ao hotel completamente encharcados, quase alagando o saguão e o elevador.
Depois de um banho, saímos para jantar e decidimos ficar por ali no domingo para nos reorganizarmos e realizarmos a manutenção das motos.
Dia 07
Viedma-ARG - capital da província de Rio Negro
Dia 09/01/2011
Estamos hospedados no Hotel Austral, em Viedma, a capital da Província de Rio Negro, que é equivalente aos estados brasileiros. Acordamos cedo, desfrutamos de um delicioso café da manhã e partimos em busca de uma lavanderia.
Às 9 horas, a cidade estava deserta. Encontramos uma lavanderia, mas estavam em plena limpeza e manutenção das máquinas e não puderam nos atender. A solução foi lavar as roupas na banheira do hotel. Fomos ao supermercado e compramos sabão. Assim, lavamos as roupas dessa forma e pedimos à equipe do hotel que as colocasse na secadora, pois sairíamos cedo na segunda-feira.
Aproveitamos para fazer uma manutenção básica nas motos: limpeza, lubrificação e calibragem dos pneus. O Léo trocou o óleo da moto dele e colocamos nossos equipamentos para secar. Demos uma volta pela cidade, mas não encontramos muitos atrativos turísticos, que servem mais como um local para pernoite. Amanhã, pretendemos sair cedo e, se tudo correr bem, chegaremos a Puerto Madryn.
Até mais!
Dia 08
Viedma-ARG - Puerto Madryn-ARG
Dia 10/01/2011
Após um dia de descanso, estamos de volta à RN 3, rumo a Puerto Madryn (novamente), e desta vez o clima está favorável, sem nuvens no céu. Partimos cedo, e ao consultar o GPS em busca de postos de combustíveis, recebemos uma surpresa: mais de 170 km sem abastecimento. A solução foi reduzir a velocidade e torcer para encontrar gasolina no primeiro posto.
Esse trecho da ruta 3 é bastante monótono, repleto de retas intermináveis e sem grandes mudanças na paisagem. Depois de percorrermos 175 km, finalmente chegamos a um posto da Shell, onde havia uma fila de veículos para abastecimento, o que era um bom sinal de que ainda havia combustível disponível. Com apenas três carros à nossa frente, um funcionário do posto checou a quantidade de gasolina no reservatório e chamou a gerente, que começou a dispensar os veículos na fila. Conversamos com ela, que nos informou que, caso houvesse combustível após abastecer os carros à nossa frente, ela poderia nos atender sem problemas.
Felizmente, o restante do reservatório foi suficiente para abastecer as duas motos, e logo após isso, o combustível acabou. O Léo conseguiu colocar 12,5L em sua moto, que tem capacidade para 13L, ou seja, se tivéssemos demorado mais um pouco, a situação teria sido complicada. Após esse susto, decidimos comprar galões de combustível novamente.
O próximo posto apresentava uma fila de aproximadamente 50 carros; havia combustível, mas provavelmente não duraria muito. Precisávamos encher nossos galões, mas não queríamos enfrentar duas horas de espera, então decidimos seguir em frente. O posto seguinte ficava a 30 km, mas infelizmente não tinha gasolina (uma situação que está se tornando comum). Resumindo, percorremos 120 km até encontrar outro posto, que, para nossa sorte, tinha combustível. Como estávamos próximos do nosso destino, optamos por não encher os galões.
Nesse trecho da RN 3, além da paisagem monótona, o calor era insuportável, alcançando 41ºC, o maior até agora. Estava tão quente que, ao abrirmos a viseira, um calor intenso entrava. Os últimos 100 km foram sob essa condição.
Finalmente chegamos a Puerto Madryn, que serve como base para quem deseja explorar a Península Valdez, lar de diversas espécies de animais e outros pontos turísticos do início da Patagônia argentina, como Punta Lomo e Punta Tombo. No nosso roteiro inicial, planejava-se visitar a Península, mas, para não comprometer nosso cronograma, deixamos essa visita para uma próxima oportunidade, quem sabe quando voltarmos com a família.
É isso, amanhã, 11/01/2011, seguiremos para Comodoro Rivadávia e, se o tempo permitir, faremos uma parada na pinguinera em Punta Tombo. Fiquem atentos para mais atualizações!
Dia 09
Puerto Madryn-ARG - Comodoro Rivadavia-ARG
Dia 11/01/2011
Iniciamos o dia fazendo novas amizades e conhecemos um senhor muito animado da Áustria, que está participando de uma expedição ao redor do mundo. Serão 8 meses, 40.000 km e 16 motos, e sua esposa o acompanha, mas não na moto; ela viaja de avião até algumas das cidades por onde ele passa. Demos uma mão na lubrificação da corrente da moto dele, uma BMW 800.
Outra pessoa que conhecemos foi o Daniel, um argentino simpático de Mendoza, a terra do vinho. Ele estava se dirigindo a Ushuaia em uma Virago 750, carregando metade de sua casa, uma verdadeira quantidade de bagagem. Ele nos ofereceu algumas dicas sobre as estradas que iríamos percorrer, o que se mostrou bastante útil.
Saímos do hotel e seguimos pela RN 3, com muitas retas e um deserto ao nosso redor. Nosso primeiro destino era a colônia de pinguins de Punta Tombo. Para chegar lá, enfrentamos nossos primeiros quilômetros de rípio, uma estrada de terra repleta de pedras soltas.
A colônia tem uma boa infraestrutura para os turistas e é uma experiência interessante, pois nos permite ficar bem perto dos pinguins. No entanto, não é permitido tocá-los. Há muitos espalhados pela região; segundo o guia, existem cerca de 1.100.000 pinguins. Nós tentamos contar, mas perdemos a conta após avistarmos uns 100.000, todos muito parecidos.
Ao sairmos do parque, precisávamos abastecer as motos. No entanto, após passarmos por vários postos sem combustível, tínhamos duas opções: seguir em frente e arriscar encontrar um único posto a 80 km ou voltar 50 km para abastecer em um que sabíamos que teria. Optamos por voltar, garantindo assim combustível para 250 km e acesso a uma cidade com vários postos.
Tudo correu bem, mas chegamos tarde a Comodoro Rivadavia, e não havia vagas em hotéis de médio custo. Passamos por 8 estabelecimentos, todos lotados, exceto dois: um não parecia muito limpo e o outro era um cinco estrelas. Acabamos nos hospedando em um hotel quatro estrelas, o Lucaina Palazzo Hotel. Infelizmente, devia estar nublado no dia, pois daríamos no máximo duas estrelas a eles: não havia ar condicionado, internet, ventilador ou adaptador de tomada (as tomadas eram de três pinos do tipo chato). O único aspecto de quatro estrelas era realmente o preço. Pelo menos as camas e o café da manhã eram muito bons.
Dia 10
Comodoro Rivadavia-ARG - Rio Gallegos-ARG
Dia 12/01/2011
Hoje foi um dia bastante intenso; saímos cedo do hotel, pois tínhamos pela frente cerca de 800 km até Rio Gallegos.
As fotos que tiramos foram poucas, já que a paisagem mudou pouco. A única diferença foi que em alguns trechos o oceano estava à nossa esquerda, proporcionando vistas muito bonitas.
Comodoro Rivadavia, conhecida como a capital do petróleo, exibe diversas bombas (creio eu) extraindo o material do solo. Encontrar combustível na região não foi um problema, mas é bom avisar que entre Cmdte. Luis Piedrabuena e Rio Gallegos não há postos de abastecimento, e a distância é de aproximadamente 230 km, então abasteça nesta pequena cidade.
Ao chegarmos em Rio Gallegos, o vento aumentou e a temperatura caiu consideravelmente, fazendo com que precisássemos colocar a segunda pele e o forro de inverno das jaquetas, que foram suficientes para nos aquecer.
À noite, a temperatura estava em 9ºC e fazia muito vento. Rio Gallegos se mostra uma cidade bem estruturada para turistas, uma parada praticamente obrigatória para quem se dirige a El Calafate ou Tierra del Fuego.
Dia 11
Rio Gallegos-ARG - Rio Grande/Tierra del Fuego-ARG
Dia 13/01/2011
No mesmo hotel onde estávamos hospedados, havia dois americanos da Califórnia. Eles chegaram de avião em Buenos Aires e alugaram duas motos: uma BMW e uma Transalp, com o objetivo de seguir até Ushuaia. Eram muito divertidos, e conversamos sobre as rotas que pretendíamos seguir no dia seguinte, ou pelo menos tentamos.
Saímos cedo, pois enfrentaríamos duas fronteiras na Argentina e duas no Chile, o que se revelou um processo demorado. Ao chegarmos, havia um ônibus de turismo lotado, e todos desceram para realizar os trâmites na aduana. A saída da Argentina é simples, mas para entrar, é necessário preencher alguns formulários; no Chile, a burocracia é semelhante, mas muito mais organizada.
Após passar pela aduana, entramos no território chileno e seguimos em direção à balsa que nos levaria até a Ilha da Terra do Fogo. Na galeria de fotos, há uma imagem do outdoor da empresa chilena responsável pela travessia do canal de Magalhães.
Enquanto aguardávamos a balsa, encontramos um casal de Guararema-SP, Marcos e Cecília, que estavam na estrada desde o final de dezembro de 2010. Eles também se dirigiam a Ushuaia, mas já haviam passado pelo Glaciar Perito Moreno, Península Valdez e, um dia antes, estavam em Punta Arenas, Chile. No entanto, ouviram rumores de que as fronteiras poderiam ser fechadas devido a manifestações no Chile e decidiram retornar à Argentina.
Desembarcamos na Terra do Fogo, com objetivo em Ushuaia, mas precisávamos abastecer e seguimos para a cidade chilena de Cerro Sombrero. Chegamos lá na hora da siesta, e o frentista do único posto só abriria novamente às 17:00, então fomos almoçar.
A cidade parecia deserta, sem uma alma viva nas ruas, mas encontramos um restaurante que também funcionava como confecção e decidimos comer lá.
Após o almoço, fomos abastecer as motos e, depois disso, optamos por seguir para Rio Grande ao invés de Ushuaia, pois o tempo avançava. Antes, porém, precisaríamos enfrentar 130km de rípio (estrada de terra repleta de pedras soltas) e passar novamente pelas aduanas chilena e argentina.
Na estrada de rípio, tentamos sempre seguir pela trilha dos pneus dos carros, já que o restante da pista era apenas pedras soltas e terra fofa. Fomos devagar e não tivemos complicações.
Depois das aduanas, percorremos mais 80km até chegarmos à cidade de Rio Grande, na Terra do Fogo, Argentina, que possui uma boa infraestrutura de hotéis. Durante nossa busca por acomodação, encontramos novamente os americanos, além do tiozinho da BMW, que também estava hospedado no mesmo hotel que nós.
Esse foi o resumo do nosso dia, amanhã Ushuaia nos espera.
Dia 12
Rio Grande-ARG - Ushuaia-ARG - Chegamos!
Dia 14/01/2011
Saímos cedo do hotel e encontramos muitos motociclistas pela cidade; inclusive uma equipe da RBS estava por lá gravando um programa sobre o Fim do Mundo. Confira o blog aqui.
Tínhamos apenas 220 km até o fim do mundo, e as paisagens eram deslumbrantes, totalmente diferentes de tudo que já havíamos visto. Para completar, a temperatura estava bem fria, cerca de 9ºC.
Durante o trajeto até Ushuaia, cruzamos vários lagos, alguns de grande porte e outros menores, sempre com as montanhas de picos nevados ao fundo. Em um determinado momento, paramos à beira da Laguna Fagnano para tirar algumas fotos; o local transmite uma tranquilidade incrível.
Continuando nossa jornada, passamos ao lado do Lago Escondido e, ao subirmos uma serra, fizemos uma parada no Paso Garibaldi para admirar a vista. Confiram na galeria de fotos e tirem suas próprias conclusões.
Após diversas paradas, finalmente chegamos ao nosso destino: USHUAIA, a cidade mais ao sul do mundo. Foi uma emoção indescritível, uma verdadeira conquista.
Como chegamos cedo e já tínhamos reservado "una habitación", conseguimos fazer um passeio até o Glaciar del Martial. A estrada até lá é repleta de curvas e diversos hotéis incrustados nas montanhas. Ao chegarmos, a estrutura para turistas, que conta com banheiros, lanchonetes e um teleférico, já estava fechada, mas o parque permanecia aberto. Decidimos subir uma colina considerável e, sem dúvida, valeu a pena, o lugar é maravilhoso.
Já que o dia estava avançando, não teríamos tempo de chegar ao topo, então paramos ao fazer nosso primeiro contato com o gelo. Foi uma experiência divertida, registramos alguns vídeos, mas a neve estava bastante escorregadia. Quase pudemos ver flocos caindo; segundo algumas pessoas, horas antes havia neve na trilha, mas deixamos isso para uma próxima vez.
Dia 13
Turismo em Ushuaia-ARG
Dia 15/01/2011
Para hoje, agendamos um passeio de barco pelo Canal de Beagle, mas antes seguimos até o final da Ruta Nacional 3 (RN3), a estrada que tomamos saindo de Buenos Aires, completando um trajeto de 3079 km até aqui.
O término da ruta se encontra no Parque Nacional Tierra del Fuego, na Bahia Lapataia. Para chegar lá, passamos pela Estação de Trem do Fim do Mundo, mas optamos por ir de moto.
Para quem não sabe, Ushuaia foi estabelecida como uma colônia penal, então em diversos pontos turísticos há referências a esse passado, com imagens, figuras ou outros adereços.
No Parque Nacional Tierra del Fuego, é permitido entrar com seu próprio veículo, que é muito bem sinalizado e organizado. O primeiro local em que paramos foi na Enseada, onde se encontra o Correio do Fim do Mundo. Como tínhamos alguns postais para enviar à família, aproveitamos para despachá-los dali.
Prosseguimos em direção à Bahia Lapataia e ao final da ruta 3. Encontramos um grupo de Porto Alegre que estava percorrendo a Ruta 40 completa, que totaliza 2000 km de rípio e começa perto da Bolívia.
O lugar é bastante movimentado; todos querem tirar fotos ao lado da placa que marca o fim da ruta, mas há um bom espaço entre as pessoas, tornando o ambiente relativamente organizado.
Na parte da tarde, realizamos o passeio de barco pelo Canal de Beagle. O barco estava cheio e o roteiro incluía avistar os lobos marinhos, o farol do fim do mundo e os pinguins.
Após passarmos pelo farol, antes de chegarmos aos pinguins, conseguimos avistar a cidade chilena de Puerto Williams, possivelmente a mais ao sul do mundo, acessível apenas por via aérea ou marítima.
O passeio foi interessante, mas a visita aos pinguins não compensou; a distância era grande e houve momentos entediantes. Não recomendo a ida até a pinguineira; um retorno no farol torna a experiência mais agradável.
Dia 14
Turismo em Ushuaia-ARG
Dia 16/01/2011
Nossa idéia era de sair de Ushuaia, ir para Porvenir no Chile e cruzar o Estreito de Magalhães para a cidade de Punta Arenas, porém, nossos planos foram por água abaixo.
Esta tendo uma série de manifestações por populares na fronteira do Chile com a Argentina, eles estão protestando sobre um reajuste no gás, o problema é que estão fechando as fronteiras e acesso a pontos turísticos, por causa disso resolvemos ficar mais um dia no fim do mundo, para ajudar ainda estava chovendo.
Aroveitamos para arrumar a bagunça, tirar mais algumas fotos e foi só.
Dia 15
Ushuaia-ARG - Rio Gallegos-ARG
Dia 17/01/2011
Dia de partida de Ushuaia, o tempo ajudou muito; não estava chovendo, mas estava muito frio. O objetivo hoje era chegar a Rio Gallegos.
Saímos cedo e fomos em direção a Rio Grande, onde abastecemos e fomos parados pela polícia na saída da cidade. Eles estavam comunicando às pessoas que a fronteira continuava fechada e poderia haver algum tipo de conflito entre o Exército Chileno e os manifestantes, aconselhando as pessoas a ficarem em Rio Grande.
Mesmo após esse alerta, resolvemos ir até a fronteira na cidade de San Sebastián para ver o que estava acontecendo, pois algumas pessoas nos informaram que liberavam a passagem para alguns veículos durante o dia.
Realmente estava tudo parado, mas não havia nem exército nem manifestantes na alfândega. Chegamos às 12h30, e depois de muita espera, fomos liberados a continuar a viagem às 21h30. Foram 9 horas de espera.
No tempo em que ficamos na alfândega, fizemos amizade com o Robson, um brasileiro que estava viajando com sua esposa. Era um casal muito legal que quebrou um galhão durante a viagem.
Quando fomos liberados, ainda tínhamos pela frente: 130 km de rípio, 20 km de balsa, 60 km asfaltados no Chile, 2 aduanas (Chile e Argentina) e mais 100 km até a cidade de Rio Gallegos. Para ajudar um pouco mais, começou a cair uma chuva fraca enquanto estávamos no rípio. Antes da balsa, há uma cidade, Cerro Sombrero – a cidade fantasma – e o único posto da cidade já estava fechado desde às 20h. Nosso combustível já estava quase na reserva, tínhamos os galões, mas não seriam suficientes.
Chegando à balsa, encontramos o Robson, que já havia comentado que tinha gasolina com ele. Conversamos e ele se prontificou a nos ajudar. Que ajuda! Valeu, Robson.
Continuamos nossa viagem e chegamos a Rio Gallegos; agora só faltava achar “una habitación”, e isso foi difícil, pois todo mundo que estava na fronteira acabou parando na mesma cidade. Ou seja, demorou para acharmos um. Quando entramos no quarto, já era 5h da manhã do dia 18/01/2011. Estávamos exaustos, mas ainda bem que deu tudo certo.
Dia 16
Rio Gallegos-ARG - El Calafate-ARG - Rio Gallegos-ARG
Dia 18/01/2011
O dia começou cedo, às 7:00h o dono do hotel nos chamou para mudar as motos de lugar pois estavam fechando a passagem dos outros hospedes. Motos mudadas voltamos a dormir.
Acordamos às 10:00h, e tínhamos um impasse: já tínhamos deixado de ver Torres Del Paine e não teríamos tempo hábil para ir até El Calafate para ver o Glacia Perito Moreno e daí voltar.
Chegamos a uma solução, primeiro, mudamos de hotel, fomos para o Hoitel Santa Cruz que já tínhamos ficado na ida; segundo, alugamos um carro. Nosso plano era ir de carro ver o Glaciar e voltar para Rio Gallegos, afinal de contas seriam aproximadamente 800km no total, ida e volta, e de carro a viagem rende mais. Feito isso, às 13:00h já estávamos saindo para El Calafate.
A estrada, assim como as outras por aqui, é bem sinalizada e esta em boas condições, a paisagem só muda quando esta chegando à El Calafate.
A cidade é como se fosse uma Campos do Jordão/SP, só que bem mais espaçosa, muito bonita e tem um aspecto acolhedor. Passamos direto pela avenida principal (e talvez a única) e fomos ao Glaciar, no caminho havia vários mochileiros pedindo carona, resolvemos para e ajudar um grupo.
Eram 3 pessoas, um Israelense que estava estudando em Buenos Aires há 9 meses e um casal de Australianos de férias pela América do Sul, a comunicação foi até que boa, eles tinham chego no dia 17/01/2011 e antes disso tinham ficado 1 semana em Puerto Natalles-Chile, no meio da confusão do gás, e só conseguiram sair de lá depois de muita conversa. Eles ficaram por lá 1 semana e não chegaram nem perto do Torres Del Paine, ainda bem que nem fomos para lá. Pessoal gente boa, mas não gostavam muito de conversar, pelo menos não conosco, ficavam falando entre eles em uma língua que nem me arrisco a adivinhar, mas garanto que não era inglês nem espanhol.
Chegando ao glaciar há vários mirantes, paramos em todos e chegando lá a vista é incrível, o glacial é gigante, a estrutura do local é bem feita e há vários pontos para observar essa maravilha da natureza. As vezes alguns pedaços se desprende do bloco e fazem um barulho muito alto.
Apreciado o glaciar, é hora de voltar. Os mochileiros ficaram e seguimos nosso caminho, após alguns quilômetros tinha um casal pedindo carona, como estávamos praticando boa ação naquele dia paramos também. Era um casal (noivos) de argentinos, ele tinha 26 e ela 24, não me lembro dos nomes. Eles estavam de férias, tinham começado a viagem também no dia 03/01/2011 e vão ficar 12 meses viajando, isso mesmo 1 ano.
Eles vão de carona ou a pé, só dormem em camping ou em áreas permitidas, conseguem dinheiro nos semáforos, pois o rapaz faz malabarismos com 7 “pelotas” (bolas) ou com 4 pinos flamejantes, saíram no mesmo dia que nós e já estavam em El Calafate, só “no dedo” (carona), isso sim que é viver se preocupando somente com o momento. Conversamos muito e nos entendemos bem pouco, mas foi legal.
Chegando na cidade tinha uma fila enorme de carros, o argentino falou que era fila do posto, pois só haviam 2 postos na cidade, que novidade, deixamos eles e fomos para a fila.
Depois de abastecidos, fomos dar uma volta pela cidade e jantarmos. Fomos a um restaurante com um excelente atendimento. O garçom não anotava nada porém trazia tudo certo e rápido, a comida estava muito boa, quando pedimos a conta, o garçom parou, pegou um bloco de papel anotou tudo o que pedimos e nos passou o total, cada garçom é responsável por umas 12 mesas e ele não anota nada, esta tudo na cabeça segundo ele.
Abastecidos e alimentados fomos embora, chegamos em Rio Gallegos à 1:00 da manhã, muito bom para um dia que poderia ter sido perdido. E o Glaciar valeu a pena.
Daqui a pouco começa nossa volta.
Dia 17
Rio Gallegos-ARG - Puerto San Júlian-ARG
Dia 19/01/2011
Estamos oficialmente iniciando a volta, optamos por fazer o mesmo caminho, portanto, sem novos atrativos ou locais para visitar.
Saímos de Rio Gallegos e paramos em Puerto San Júlian, cidade pequena mas o hotel foi legal. Na cidade há uma pequena estrutura turística com alguns passeios, nesta cidade foi celebrada a primeira missa na Argentina, beirando o mar há também uma réplica de um navio antigo.
Dia 18
Puerto San Júlian-ARG - Puerto Madryn-ARG
Dia 20/01/2011
Fomos para Puerto Madryn, mais estrada e quando chegamos já paramos no primeiro hotel da cidade, a fachada enganava bem, mas caímos em uma cilada, o lugar era um pulgueiro, literalmente, mal conseguimos ficar no quarto junto com as malas, mas nessas viagens essas coisas acontecem.
Dia 19
Puerto Madryn-Arg - Bahia Blanca-ARG
Dia 21/01/2011
A vantagem de ter dormido em um pulgueiro é que saímos bem cedo rumo a cidade de Bahia Blanca, a idéia inicial para esse dia era ir à Santa Rosa, para sairmos por Foz do Iguaçu, porém na primeira parada para abastecer percebemos que nossos kichutes traseiros (pneus) não aguentariam chegar à Foz, solução: ir para Bahia Blanca, que é uma cidade relativamente grande, e procurar algum lugar para comprar e trocar os pneus. Chegamos, e percebemos como é difícil, depois de rodar muito conseguimos os pneus, agora só faltava achar alguém para trocar, deu trabalho mas conseguimos, de quebra o Léo trocou o óleo da moto também, é lógico que antes de sair para comprar os pneus já deixamos um hotel reservado, Hotel Austral, muito bom e diferente ao do dia anterior.
Dia 20
Bahia Blanca-ARG - Buenos Aires-ARG
Dia 22/01/2011
Saímos em direção à Buenos Aires, a estrada estava muito boa, uma parte do trajeto foi autopista (rodovia duplicada), chegamos bem, o legal é que esses dias não pegamos chuva, somente sol e vento, muito vento. A viagem de volta rendeu bem.
Dia 21
Puerto San Júlian-ARG - Chuí-RS-Brasil
Dia 23/01/2011
O objetivo era chegar no Brasil, saímos cedo do hotel e fomos ao porto para tentar pegar o Buquebus (ferryboat) para Montevideo às 7:30h, compramos as passagens, fizemos o check-in, passamos pela aduana e por fim embarcamos as motos, mesmo sendo domingo cedo, o barco estava lotado.
Por sorte conseguimos ficar nas poltronas dessa vez, o que tornou a viagem muito mais confortável.
Desembarcamos e fomos em direção ao Chuí, as estradas estavam muito bem conservadas e o tempo ajudou muito, mais um dia sem chuva. Chegamos em Chuí e encontramos um hotel, demos uma volta na cidade, tem uma avenida central que divide os dois países, de uma lado Uruguai e do outro Brasil, o interessante é que os dois lados da avenida são de mão dupla, uma verdadeira bagunça.
Dia 22, 23 e 24
Chuí-RS - Porto Alegre-RS - Curitiba-PR - Indaiatuba-SP
Dia 24/01/2011, 25/01/2025 e 26/01/2011
Saímos de Chuí, o tempo estava nublado e pegamos pouca chuva no caminho, uma diferença muito grande que sentimos é que no Uruguai e na Argentina não tem tanto caminhões como aqui, e como as estradas são simples, não é sempre que conseguimos ultrapassá-los, o que torna o deslocamento cansativo.
Chegamos às 17:00h em Porto Alegre, nos hospedamos no Ibis próximo ao aeroporto e ainda deu tempo de fazer uma manunteção nas motocas, esticamos e lubrificamos as correntes.
Mais um dia nublado, nossa maior preocupação é que a estrada que pegaríamos, BR 101, estava interditada até domingo e ainda havia vários pontos sob o perigo de desabamento de barreiras, porém passamos por este trecho sem problemas e pegamos só um pouco de chuva. Devido ao grande número de caminhões e vários trechos da rodovia em obras, chegamos em Curitiba às 20:40h, nos hospedamos também no hotel Ibis, pois fizemos a reserva pela manhã antes de sair de Porto Alegre para não ter que ficar procurando hotel quando chegássemos.
Acordamos cedo, tomamos café no posto de gasolina e saímos para o último trecho da nossa expedição, o dia estava com céu limpo e a estrada com pouco movimento.
Provavelmente chegaríamos cedo em Indaiatuba, porém em um aclive na BR 116 (bem em uma curva) a corrente da XT estourou e acabou travando na roda e no pinhão, resultado quase compro um lote no meio da Régis, o Leonardo estava mais a frente e teve que voltar na contra-mão para me ajudar a colocar a moto no acostamento, um carro da policia rodoviária federal que passava na outra pista viu ( o Léo na contra-mão) e fez o retorno para nos abordarem, nos acompanharam até um recuo no acostamento, pediram documentos e iam chamar o guincho da rodovia, mas preferimos fazer a troca da corrente, uma vez que nós levamos um kit de relação e também diversas ferramentas.
Em apenas 90 minutos estávamos de volta à estrada, paramos para abastecer e almoçar e chegamos em Indaiatuba às 17:30h, onde fomos recebidos pelos nossos familiares, à noite uma recepção em casa para contarmos um pouco da nossa aventura.
Resumo da viagem
1. Distâncias e combustível
- Distância total percorrida: 12.095 km
- Tempo: 24 dias de viagem, sendo 18 pilotando a moto
- Deslocamento médio: 672 Km por dia
- Combustível: 683 litros de gasolina utilizados
- Consumo médio: 17,7 km/l
- Melhor consumo registrado: 21,5 Km/l entre Indaiatuba e São José
- Pior consumo registrado: 13,5 Km/l entre Rio Gallegos e Rio Grande
- Valor médio da gasolina: R$ 2,00/litro
- Menor valor da gasolina: R$ 1,80/litro, em Rio Gallegos-Argentina
- Maior valor da gasolina: R$ 3,10/litro, em Cerro Sombrero-Chile
2. Pontos turísticos visitados
- Forte Santa Tereza - Uruguai
- Punta del Diablo - Uruguai
- San Ignácio - Uruguai
- Punte del Este - Uruguai
- Obelisco em Buenos Aires - Argentina
- Avenida 9 de Julio - Buenos Aires - Argentina
- Puerto Madryn - Argentina
- Punta Tombo - Argentina
- Estreito de Magalhães - Chile
- Laguna Fagnano - Argentina
- Lago Escondido - Argentina
- Glaciar del Martial - Ushuaia - Argentina
- Parque Nacional Tierra del Fuego - Argentina
- Glaciar Perito Moreno - El Calafate - Argentina
- Zona Franca de Chuí
3. Hospedagem
- Ibis Hotel - São José, Porto Alegre e Curitiba
- Hotel Curi - Pelotas
- SF Plaza Hotel - Maldonado - Uruguai
- Cambremon Hotel - Buenos Aires - Argentina
- Hotel Belgrano - Bahia Blanca - Argentina - (0291) 456-4404
- Hotel Austral - Viedma e Bahia Blanca - Argentina
- Hotel Bahia Nueva - Puerto Madryn - Argentina
- Lucania Palazzo Hotel - Comodoro Rivadavia - Argentina
- Hotel Santa Cruz - Rio Gallegos - Argentina
- Status Hotel Casino - Rio Grande - Argentina
- Hotel Austral - Ushuaia - Argentina
- Hotel Ocean - Puerto San Julian - Argentina
- Hotel Presidente - Puerto Madryn - Argentina (não recomendo)
- Bertelli Chuí - Chuí
4. Gastos
- Hospedagem: R$ 2.990,00
- Alimentação: R$ 1.452,00
- Ferry Boart: R$ 626,00
- Combustível: R$ 1.335,00
- Diversos: R$ 1.100,00
- Total: R$ 7.503,00
- Gasto diário: R$ 312,63/dia
5. Imprevistos
- Tivemos que ficar 2 dias em Viedma devido a uma chuva muito forte que molhou toda nossa bagagem;
- Na alfandega de Montevideo para Buenos Aires não carimbaram minha entrada na Argentina, só percebi isso na alfandega de Rio Grande - Argentina para o Chile, depois de muita conversa consegui sair da Argentina;
- Devido a uma greve dos chilenos, que estavam bloqueando a passagem para saída da Terra do Fogo, ficamos mais 2 dias em Ushuaia;
- Os pneus duraram bem menos que o esperado, aprox. 6.500 km;
- Minha corrente estourou no último dia da viagem na Rodovia Régis Bittencourt, esse inconveniente só atrasou um pouco nossa chegada, pois tinha uma corrente reserva;